Sobre o Exame

O reflexo pupilar à luz (PLR) tem sido usada há décadas como uma avaliação rápida, não-invasiva para detecção de doenças da retina e nervo óptico. Tradicionalmente, as fontes de luz branca são utilizadas para avaliação de PLR. Porém, com o estímulo da luz branca não se pode diferenciar se os problemas estão presentes na retina, no nervo óptico e/ou no cérebro.

Os testes fotocromáticos de reflexo pupilar à luz em cães foram desenvolvidos na última década e oferecem uma ferramenta prática de diagnóstico para avaliação do PLR e dos caminhos visuais em cães. Ele diferencia os parâmetros de PLR obtidos pela ativação de bastonetes, cones e células ganglionares de retina intrinsecamente fotossensíveis (ipRGCs) que contêm uma nova classe de opsinas: Melanopsina Um dispositivo portátil funciona com base no princípio de que a luz vermelha brilhante estimula principalmente os fotorreceptores de cone (200 kcd/m2, 630 nm), e a luz azul brilhante corresponde ao pico de atividade espectral da melanopsina (200 kcd/m2, 480 nm), mas também ativa os receptores de cone e bastonetes.

Em termo simples...

Em termos simples, cães saudáveis sem alteração na retina vão apresentar reflexo pupilar à luz positivo tanto na luz vermelha quanto na luz azul. Olhos com problemas de retina vão ter um reflexo pupilar à luz reduzido ou ausente quando iluminado com alta intensidade da luz vermelha devido a danos nos bastonetes, mas principalmente nos cones, e uma resposta positiva quando iluminado com a luz azul de alta intensidade por causa da ativação da melanopsina nos ipRGCs, que geralmente são preservadas mesmo com retina avançada. Cães afetados com doença do caminho do nervo óptico têm um reflexo pupilar à luz ausente, independentemente da cor do estímulo de luz.

O teste é realizado utilizando equipamento sem contato e é minimamente invasivo, além de ser realizado muito rapidamente (o procedimento de teste completo pode ser feito em menos de um minuto); sem adaptação a sala escura prolongada e nem dilatação da pupila. A curva de aprendizagem para interpretar as respostas são rápidas; não há necessidade de treinamento especial ou investimento em equipamentos sofisticados. Todas estas características potencialmente tornam a avaliação da cPLR conveniente e o procedimento prático, que pode ser realizado como uma rotina parte do exame físico em cada paciente com histórico de problemas visuais.